sexta-feira, 20 de maio de 2011

Elas conseguem mais rentabilidade do que eles


  Esqueça a imagem da mulher que pega o dinheiro que sobra a cada mês na carteira e coloca na tradicional e conservadora poupança. Algumas delas tem deixado essa realidade para trás, como uma historia a ser contada para gerações futuras, e tem se arriscado no mundo dos investimentos, em especial no mercado acionário.

  Hoje, as mulheres já são mais de 148 mil no mercado de ações, um universo ainda dominado pelos companheiros do sexo masculino. Apesar de elas ainda serem minoria, há fôlego para que logo haja um equilíbrio, segundo a gerente de programas de popularização da BM&FBovespa, Patricia Quadros.

  Para ela, o mercado de ações ainda é mal interpretado e algumas pessoas ainda não se deram conta do quanto ele pode ser rentável. “Vivemos em um pais que, quando sobra dinheiro no final do mês, o primeiro lugar em que a pessoa pensa em guardá-lo é na poupança. Queremos mudar essa cultura e estamos conseguindo. As pessoas começam agora a se familiarizar com o mercado de ações e o numero de investidores cresce constantemente, principalmente entre as mulheres.

  Para se ter idéia, o numero de investidoras cresceu 900% de 2002 até agora, enquanto o numero de investidores homens aumentou 480%. “Estudos comprovam que, quando olhamos as aplicações de longo prazo no mercado de ações, as mulheres tem resultados melhores que os obtidos pelos homens. Isso acontece porque elas são mais focadas em seus objetivos estabelecidos antes de alocarem seus recursos na bolsa de valores”, afirma Vera Rita, doutora em psicologia econômica.

  Contudo, não é somente como investidoras que as mulheres começam a dominar o mercado de capitais. Elas estão, cada vez mais, conquistando cargos de destaque no mundo dos investimentos, tanto que, atualmente, já há mulheres nas mesas de operação, nos cargos de economista-chefe e chefe de departamento de research e até na presidência de corretoras.

  “O que mais me chama atenção é que elas, antes de investir, buscam informação. Elas querem entender o que estão fazendo. Buscam, cursos, lêem livros e noticias e só investem quando formam o conhecimento necessário para saberem exatamente onde estão entrando. E quando colocam na cabeça que querem se tornar investidoras, nada as segura”, afirma Patrícia Quadros.

  Uma pesquisa realizada pelo centro de estudos sobre o publico feminino Sophia Mind, que mostra que 54% das mulheres se consideram conservadoras na hora de escolher seus investimentos, e apenas 4% se dizem arrojadas. Mas isso muda conforme a idade. Mulheres investem de olho na formação de patrimônio e elas sabem que isso leva tempo, por isso focam no longo prazo. Homens são mais imediatistas.


Fonte: Revista Invista (ANO 05, NO. 32 – MAI/JUN 2011)

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