Freqüentemente nos deparamos com a afirmação de que, "para ser bem-sucedida, é preciso deixar os sentimentos de lado e agir com a razão'. No ambiente corporativo, essa sentença sofre alterações, mas a base permanece a mesma: “para competir no mercado, você tem de se comportar como um homem”. Mas será que endurecer o coração é o caminho certo para conquistar alegria, paz e sucesso profissional?
Inicialmente, é preciso lembrar que homens e mulheres são diferentes quando o assunto é sensibilidade. Não há grandes diferenças biológicas entre os sexos, porém as influências culturais e sociais são dominantes. “Por causa destas influências, a mulher tem seu papel associado ao da mãe, que transmite conforto e afeto aos filhos. E isso, é claro, permite desenvolver mais livremente o lado emocional”, diz o psiquiatra paulistano Alexandre Loch.
Tudo funcionaria perfeitamente bem, se os tempos modernos não tivessem "embaralhado" os papeis. Estamos no mesmo ambiente competitivo dos homens e lutamos cada vez mais para conquistar e manter nossos espaços. Muitas vezes nos enganamos, achando que, para sermos boas profissionais, precisamos agir exatamente igual ao sexo oposto. O fato é que ninguém consegue fazer das emoções, máquinas programadas. “A sensibilidade feminina deve começar a ser valorizada e encarada como estratégia”, ensina Sâmia Simurro, mestre em psicologia.
Esqueça a ideia de que ser emotiva é sinal de fraqueza, e aprenda a valorizar a ternura, simpatia e compaixão. Embora nem todos concordem, nós mulhres saímos na frente do sexo masculino, profissionalmente falando; porque além de possuirmos a mesma competência que eles no trabalho, agregamos o fator Relações Humanas. “A preocupação feminina com as necessidades alheias, a facilidade de relacionamento, o cuidado com os detalhes e o envolvimento com as atividades realizadas são atitudes que têm conquistado cada vez mais espaço no mundo corporativo”, revela Amanda Vega Machado, consultora da Authent Retainer Executive Search, empresa dedicada a serviços de headhunter. Por isso, é cada vez mais comum encontrar mulheres em cargos de liderança. Afinal, seja sincera: você prefere receber uma tarefa aos gritos ou quando a chefia age como sua cúmplice, lhe explicando exatamente o porquê das coisas?
Outro ponto positivo da sensibilidade feminina é saber o momento certo de falar e ouvir. Por natureza, a mulher é mais intuitiva, conciliadora e tolerante, o que nos dá mais paciência para receber críticas e dar conselhos. Os homens são mais diretos, apontando uma saída objetiva que muitas vezes não funciona na prática, pois cada um reage de uma maneira diferente. “Muitas vezes, perde-se oportunidades importantes por não pararmos o suficiente para enxergar além da casca de alguém”, diz a economista Maria Luiza Gregório.
Ou seja, no mercado atual, nenhuma de nós precisa pensar como homem para ganhar espaço. Justamente, o fato de ser, pensar e agir como mulher, nos garante destaque e boas oportunidades. Vai de cada uma de nós encontrar um equilíbrio entre a razão e a emoção, e colocá-los em prática como só nós sabemos fazer! Alguém duvida?
Fonte: Nova
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