Durante a última semana, muito provavelmente você deve lido ou ao menos escutado alguma notícia sobre a redução da taxa Selic. Mas afinal, o que é Selic? O que a diminuição desta taxa vai influenciar na vida do consumidor e nos seus investimentos?
Conforme consta no site Wikipédia, a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é um índice pelo qual as taxas de juros cobradas pelo mercado se balizam no Brasil, sendo assim a taxa básica de referência pela política monetária. Também é conhecida como taxa média do overnight, que regula diariamente as operações interbancárias. Ou seja, a Selic é utilizada para operações de curtíssimo prazo entre os bancos, que, quando querem tomar recursos emprestados de outros bancos por um dia, oferecem títulos públicos como garantia, visando reduzir o risco, e, consequentemente, a remuneração da transação (juros). A meta para a taxa SELIC é estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e é expressa na forma anual para 252 dias úteis.
Agora que você já sabe o significado desse termo tão comentado, vamos à parte prática: o que isso muda no dia a dia dos brasileiros? Visando o crescimento da economia nacional em 2012, o Banco Central baixou a taxa básica de juros de 12 para 11,5% ao ano. Com isso, em setembro, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, a média dos juros às famílias era de 117,5% ao ano. Se o mercado financeiro estiver correto e houver repasse, o percentual cairia para 117% ao ano, resultando em um baixo impacto no crédito ao consumidor e que será sentido entre 20 e 40 dias. Mas, segundo o professor da Faculdade de Economia da Fundação Alvares Penteado, Otto Nogami, “o efeito das alterações realizadas na Selic, aqui no país demoram entre seis e oito meses para impactar a inflação”.
Na prática, uma geladeira de R$ 1.000, em 18 parcelas sem entrada, com o antigo valor de juros médios de 117,5% ao ano, teria custo total de R$ 1.749,59, com parcelas de R$ 97,20. Aplicada a redução da Selic, a geladeira sairia por R$ 1.747,04, diferença de apenas R$ 2,56, conforme pontuado pelo Diário do Grande ABC. Para quem tem empréstimo pessoal em bancos, os juros mensais serão reduzidos de 4,47% para 4,43%, já taxa dos financiamentos de veículos, que é a mais baixa do mercado, passam de 4,47% para 4,43% ao mês, enquanto, os juros do cartão de crédito, considerados o mais abusivos do mercado caem de 10,69% ao mês para 10,65% ao mês.
E os investimentos, como ficam? Quem tem o seu dinheiro aplicado em Renda Fixa ou Títulos do Tesouro, atrelados à taxa básica, serão os primeiros a perceber uma variação. "E quem tiver aplicado em um fundo DI pós-fixado, por exemplo, com taxa de administração de 2% ao ano, para resgate em um ano, vai perder em relação à poupança (que rende cerca de 6% ao ano)", destaca o pesquisador do Instituto Assaf, Fabiano Guasti Lima. Uma boa alternativa passa ser a busca por outras opções de investimentos, como a renda variável.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, Exame, Diáriodo Grande ABC e Wikipédia
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