Cada vez mais, a mulher sente necessidade de mostrar a que veio. Assumindo o papel de mãe, dona de casa e profissional ao mesmo tempo e, ainda assim, obtendo destaque nas empresas, em cargos de liderança, principalmente em redutos predominantemente masculinos, como no setor de Finanças.
Aos poucos, elas também estão conquistando espaço dentro das organizações, não só pelo talento para lidar com a área financeira, mas também por trazer características próprias que tornam o trabalho mais preciso, afinal, elas acreditam que o segredo de tudo está no detalhe.
O crescimento delas nesse setor contribuiu para a inauguração do IBEF Mulher, núcleo feminino do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças, em São Paulo. Desde o segundo semestre de 2009, época da sua criação, as integrantes do núcleo têm se dedicado a promover atividades de divulgação da visão da mulher executiva, que atua na área de finanças.
Uma dessas mulheres é a coordenadora do IBEF Mulher, Luciana Medeiros Von Adamek. Também diretora da área de consultoria da PricewaterhouseCoopers, ela acredita que para dar conta das atividades diárias é fundamental que o companheiro compreenda a dinâmica do seu trabalho. Casada há 11 anos, Luciana tem dois filhos pequenos e faz questão de estar presente nos compromissos da criançada. "Tenho a satisfação de levá-los à escola todos os dias", revela.
Já Marcela Drehmer, diretora financeira da Braskem, buscou equilibrar suas escolhas, quando percebeu que não tinha com quem dividir a alegria de obter sua primeira promoção na carreira. "Decidi ter uma vida mais equilibrada para poder dividir as tristezas e ganhos com alguém, além de tirar férias", declara. A formação da família e o nascimento de seu filho foi importante neste processo, ainda que tenha adiado uma promoção na carreira. "Acho que é preciso ter o cuidado de educar os filhos e equilibrar as tarefas do casal. É necessário estar atenta à carreira, porque é dela que sairão as coisas que a vida pode oferecer", avalia.
Para a presidente da Standard & Poor´s, Regina Nunes, o sucesso está muito ligado à intensidade e à busca de equilíbrio, com um único objetivo, que é a felicidade. "Trabalho realmente porque eu quero. Para mim, casar e ter filhos significa o equilíbrio da vida pessoal", qualifica. Regina acredita que a composição equilibrada daquilo que é importante para as pessoas faz delas felizes ou infelizes. "Não passa pela minha cabeça que meus filhos, minha família, minha casa, meus cachorros, meu trabalho, meus amigos do trabalho e os funcionários não fazem parte da minha vida", declara.
"No meu casamento, decidimos juntos quem seguiria carreira executiva, como seriam as coisas dentro de casa e no trabalho, e qual seria a dedicação para cada um deles", relata Elisabete Waller, sales VP da Oracle, que trabalha entre 12 e 14 horas por dia. "Quando você faz uma coisa que gosta e está harmonizado com a família, o equilíbrio se torna natural", afirma. Para que a família esteja sempre unida, Elisabete criou o dia da família, em que todos procuram chegar cedo e jantar juntos.
Uma das pesquisas mais recentes sobre mulheres em cargos de liderança foi feita entre as 100 melhores empresas para trabalhar. Conforme o estudo, elas representam 36% nos cargos de chefia. Esses dados dão uma idéia da ascensão feminina no ambiente corporativo do País. Em 1997, apenas 11% dos cargos de liderança eram ocupados por mulheres.
Fonte: Vila Mulher
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