terça-feira, 20 de março de 2012

Guardiã das ações

Que “investir em ações é uma boa opção para o longo prazo”, você, certamente, já ouvir falar. Mas você sabe quem fica com o papel que lhe dá a garantia de recebimento quando quiser resgatar seu investimento? Isso é responsabilidade sua? Da corretora? Do banco? Nenhuma dessas opções está certa.

É bem verdade que, antes de começar a investir, você deve se certificar da credibilidade da instituição escolhida, No entanto, a responsável por guardar suas ações é a Central Depositária BM&FVovespa, antiga CBLC (Central Brasileira de Liquidação e Custódia). É ela que, através de um sistema totalmente eletrônico, garante as operações de compra e venda de ativos, realização de seus pagamentos e recebimentos, além de guardar os registros, cabendo às corretoras e aos bancos, a função de repassar ao investidor as informações recebidas da Central Depositária.

Como se dá a interação Central Depositária x Corretora x Investidor:
A Central oferece aos investidores meios para que este possa monitorar suas ações – mesmo sendo função da corretora intermediar esta relação. Cada investidor possui uma conta individual na Central, feita quando ele se cadastra em uma corretora ou banco para começar a operar ações. Por meio desta conta, ele poderá consultar o extrato de sua custódia, bastando acessar o CEI (Canal Eletrônico do Investidor), através do endereço eletrônico www.bmfbovespa.com.br/cei e fornecer o número da conta e a senha.

Além desse serviço on-line, a Central também envia um “extrato de custódia” mensalmente para o endereço fornecido pelo investidor à corretora ou banco. Esse documento demonstra a posição no último dia útil do mês e as movimentações ocorridas no mês de referência.

Exceção à regra:
Como toda regra tem uma exceção, algumas ações de empresas de telefonia podem não estar na Central Depositária. É que muitos que compraram linhas de telefone fixo das companhias locais entre 1975 e 1995 tinham direito a ações da Telebras, as quais estão no livro de Registro da Companhia Emissora dos papéis. O controle do livro é feito por uma Instituição Financeira Depositória nomeada pela empresa e somente são transferidas para a BM&FBovespa após a identificação do titular e o pedido desse acionista junto a uma corretora em que está cadastrado.

Como saber se possuo essas ações?
No caso da Telebras, as ações estão em custódia no Banco Bradesco desde 10 de maio de 2010. Para saber se tem direito a esses papéis, o acionista precisa procurar uma agência do banco, com RG, CPF e comprovante de residência. Caso não conste posição no nome do detentor da linha telefônica, o acionista poderá solicitar a consulta para saber se tem ou não direito aos papéis. A consulta também é feita por meio de uma agência e o investidor precisa apresentar, além dos documentos de identificação, obrigatoriamente o contrato de aquisição da linha.
Vale lembrar que, em maio de 1998, a Telebras passou por um processo de reestruturação, que resultou na cisão da companhia em 12 novas empresas, além da própria estatal. Desta forma, cada investidor da Telebras passou também a ser acionista dessas companhias na mesma quantidade de ações que possuía na Telebras.

Fonte: InfoMoney

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