sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Entre a emoção e as finanças

Não é novidade pra ninguém, que nós mulheres somos bem mais sensíveis que homens e que, por isso, nosso estado emocional é afetado com muito mais facilidade. É justamente nesses momentos em que estamos mais frágeis, que ficamos mais propensas a cair em certas "pegadinhas". Aí não tem jeito, acabamos fazendo ou falando coisas equivocadas, motivadas pela emoção. 


São diversos os motivos que nos deixam emocionalmente abaladas, fazendo com que nosso lado sentimental nos traia, "sem dó nem piedade". Ao menos é o que diz Simonne Gnessen, fundadora da empresa de conselho financeiro Wise Monkey Financial Coaching, do Reino Unido em uma entrevista para o jornal inglês Daily Mail. Ela afirma que o nosso lado emocional pode nos prejudicar muito, inclusive financeiramente.
Já conquistamos nosso espaço no mercado de trabalho e sabemos muito bem o que devemos ou não fazer, mas a verdade é que não temos como negar que somos bem mais emotivas do que os homens, e isso pode fazer com que cometamos alguns pequenos deslizes. "Fortes respostas emocionais podem bater quando nós menos esperamos, e sequestrar o nosso comportamento racional", afirma Simonne. Ela ainda ressalta, que nós falamos com naturalidade sobre diversos aspectos, mas ficamos receosas ou até mesmo exaltadas quando o assunto é dinheiro. "Quando enfrenta uma crise, um cabo de guerra prossegue entre caminhos opostos dentro do cérebro, e quanto mais você deixa suas emoções vencerem, mais problemas vai ter para aplicar a lógica e a razão", diz Simonne.
De acordo com a empresa de investimentos e seguro de vida britânica, Scottish Widows, a resposta emocional ao dinheiro talvez seja o motivo que faça com que as mulheres ganhem em média 15% menos do que os homens e são mais propensas a serem dispensadas em uma recessão. Outro dado do estudo mostra que as mulheres também se preocupam menos com aposentadoria do que os homens. O percentual de mulheres e homens que economizam o suficiente para uma aposentadoria tranquila é 47% e 59%, respectivamente. Um dos motivos que podemos relacionar a este percentual mais baixo, é que as mulheres tem "coração de mãe". Muitas economizam sim, porém, se necessário, abrem mão das economias caso surja algo mais urgente no momento, deixando o futuro temporariamente de lado.
Enfim, você deve estar se perguntando: "E como faço para que meu lado emocional não atropele o racional?" A dica fica por conta da especialista financeira Sasha Speed: esteja sempre com o controle do seu dinheiro e nunca ignore isso. Não tenha receio ao dizer "não" a um passeio que um amigo lhe convidou, mas que você não tem condições de bancar este mês. De que adianta se divertir um dia e passar os outros “passeando” em dívidas? Você costuma sair para jantar, seus amigos pedem garrafas e mais garrafas de vinho e você apenas um suco? Não, você não deve pagar pelos vinhos - nada mais justo do que cada um pagar sua parte correspondente na conta. Não deixe que a insegurança, o medo de ser rude e não compreendida, a pressão das pessoas e influências diversas comprometa seu orçamento. Equilíbrio entre o racional e o emocional é fundamental, porém, nas finanças, podemos ousar e dizer que a melhor opção seria pendemos para o racional.
Fonte: TerraMulher

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